Araújo, acusou a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) de manipular os resultados, contrariando, segundo ele, a vontade soberana do povo da Zambézia.
No documento, Araújo relembra que a Zambézia tem sido um bastião da democracia e da liberdade, sublinhando o papel histórico da província na escolha consciente dos seus líderes. Este afirma que os zambezianos, em sucessivas eleições, demonstraram confiança na RENAMO como o partido que melhor representa os seus interesses e ambições. Desta vez, segundo Araújo, não foi diferente, e o alegado desvio dos resultados representa uma afronta à soberania popular.
Araújo convocou os cidadãos a se organizarem em manifestações pacíficas, garantindo que todas as acções respeitarão os limites da Constituição da República, especialmente no que diz respeito ao direito de reunião e manifestação. “Não nos levantamos contra a lei, mas sim em sua defesa”, afirmou. Também, apelou às lideranças comunitárias e religiosas, organizações da sociedade civil e autoridades locais para que se unam nesta “causa justa e nobre”.
O candidato da RENAMO também dirigiu um apelo às Forças de Defesa e Segurança, pedindo que se abstenham de reprimir as manifestações e assumam o papel de guardiãs da paz e da integridade dos cidadãos. Enfatizou que o uso da força contra os manifestantes seria uma violação dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição e pelos tratados internacionais subscritos por Moçambique.
No final do comunicado, Araújo evoca figuras históricas como Eduardo Mondlane, Samora Machel, Afonso Dhlakama e André Matsangaíssa, referindo-se ao seu legado de luta pela dignidade e soberania do país. Também declarou que a luta pela verdade eleitoral na Zambézia transcende interesses partidários, sendo uma questão de justiça e respeito pelos princípios democráticos. “A Zambézia escolheu e não nos curvaremos diante de artifícios destinados a roubar o que nos pertence por direito”, concluiu.
De lembrar que durante o processo eleitoral do ano passado (eleições autárquicas) Manuel de Araújo concorreu pelo município de Quelimane que veio a perder para a FRELIMO de acordo do os resultados da CNE. Mas depois de mais de 40 dias de marchas e viagens internacionais realizadas por Araújo, o Conselho Constitucional (CC) decidiu devolver a cidade para o edil.
Agora o que falta saber, é se igual ao que aconteceu com a autarquia de Quelimane em 2023, também acontecerá para a província da Zambézia, com o CC entregando a província para Manuel de Araújo. (Bendito Nascimento)