Na origem da doença, está a falta de água potável, que leva com que as comunidades recorram ao líquido impróprio para o consumo humano, como de pequenos poços improvisados nas margens do rio Meluli, esta que também é partilhada com gado bovino, e caprino.
“Estamos bebendo água imprópria porque não temos onde recorrer, tentamos improvisar esses poços porque a água do rio é pior, mas mesmo assim não. Estamos conseguindo ter a qualidade ideal porque os bois e bodes bebem lá, e não temos como evitar porque falta muito, então pedimos que o governo resolva isso”.
Alguns entrevistados, disseram que consomem água imprópria, por não ter outra alternativa, e exige soluções imediatas porque segundo eles, mesmo a água que jorra nas torneiras, não confere segurança, é esta que provocou o surto de cólera em vários bairros do distrito, segundo explica o Director de saúde neste ponto de país.
“Essa é uma situação muito preocupante, a água está escassa nesse distrito, e a existente não está tão boa, é para solucionar isso, estamos dando distribuir Certeza nas comunidades para o tratamento do líquido e isso não é suficiente porque não tem muita capacidade de dar, e ainda estamos registrando muitas entradas e já estamos fazendo o nosso máximo, mas tem muita gente ainda sofrendo dessa doença”.
Segundo exames laboratoriais, a maior parte da população residente neste ponto do país, consome água imprópria, e o sector de saúde, diz ter um plano para a contenção da doença considerada de mãos sujas.
Insatisfeito com a rápida propagação da doença, os populares atearam fogo numa viatura da organização não governamental internacional Médicos Sem Fronteiras, que opera no distrito, acusados de espalhar a doença. (F.E., em Nampula)