“Em Moçambique a repreensão de manifestações pacíficas e a manipulação de registos eleitorais, são um ataque directo à participação cidadã. Uma democracia sem cidadãos informados para agir sempre vai se reservar a estagnação”, explicou.
Para Quitéria Guirengane a democracia em Moçambique enfrenta desafios estruturais que são evidenciados principalmente nos períodos eleitorais, porém as fraudes, restrições ao pluralismo, desconfiança nas instituições é que colocam em questão o funcionamento efectivo de um estado democrático.
Falando ainda do envolvimento do cidadão, a activista social apontou a transparência como a base para a confiança da sociedade nas instituições públicas. Como também explicou ser necessário um sistema pluralista para o alcance da democracia efectiva.
Quitéria sugere reformas no sistema democrático moçambicano para o alcance da confiança no modelo democrático adotado por Moçambique.
“Para que um país como Moçambique recupere a confiança na democracia é preciso reformas se não houver revoluções profundas no sistema eleitoral, incluindo uma independência. É preciso garantir mecanismos robustos para monitoria e responsabilização das instituições e reforçar a cidadania activa”, justificou. (Ekibal Seda)