Por: Pedro Tawanda
Noutras épocas das luas, por exemplo, quarto crescente e meia-lua. Afonsinho não tem “djez” com ninguém até não precisam correr atrás dele para obrigá-lo a fazer banho, anda todo ele “engomadinho” e cumprimenta todo aquele que o cruzar caminho, é um gajo porreiro, até as mamanas da banda questionam, esse quando estiver na lua!!?
Outras características de Afonsinho é o facto de quando aborda alguém para lhe oferecer um trocadinho, ele pede apenas moedas de 5 e 10 meticais, as de notas de 20 para cima não cabem nas suas matemáticas, porque o que lhe interessa é mastigar alguns “fiosses” pelas ruas e pronto já está, para Afonsinho todos somos titios.
Afonsinho me faz lembrar a população de Chimoio, província de Manica, centro de Moçambique, que quando está na lua não gosta de escarafunchar, porque vai até última consequência.
Naquela Segunda-feira, 18 de Novembro de 2024, quando incendiaram o estabelecimento comercial do cidadão Paulino White a população de Chimoio estava na lua, por isso aquela confusão toda que deu em mortos e feridos, ainda na última Segunda-feira Chimoio acordou com mais um incêndio, o da sede da chumbada CAD no bairro B da Soalpo, um dos primeiros da elite da urbe, bem estruturado as custas do Engenheiro Magalhães, um colono bom, o precursor da extinção e gigante indústria têxtil a Textáfrica o monstro que adormeceu por conta da intolerância e aceitar diferenças, no início do ano 2000, levando a linha da amargura pelo menos mil operários e seus dependentes, é só fazer as contas, mil vezes 24, ou seja, desde os anos 2000 a está parte, quanta gente anda de costas voltadas com o regime do dia, nos bairros que circundam a gigante e falida no tempo, a Textáfrica!!?
Quando incendiaram a sede da chumbada CAD, a população de Chimoio devia estar no quarto crescente, vai daí que aquele incêndio foi de mais uma residência, não teve muita expressão, porque os populares da Soalpo Nhamaonha e 7 de Abril não estavam na lua.
A população de Chimoio também esteve longe da lua nesta quarta e Quinta-feira apesar de terem tomado tchacutchena, em meio a agitação iam rodando pelas ruas de Chimoio, não apresentaram seu itinerário da passeata a polícia que ia atrás daqueles miúdos empunhados de cartazes e paus, feita uma barata tonta, em algumas vezes lançava gás lacrimogéneo, para dispersar as incursões daqueles manifestantes, que desenharam as rotas das manifestações no bairro 25 de Junho e tinham algumas paragens bruscas e privadas para puxarem uma passa, o que lhes conferia força para andarem pela town a velocidade da Mahindra.
“Aqueles putos encheram a cidade” dizia um homem com cara de preocupações questionado quando e onde o assunto iria terminar!!?
Felizmente porque os miúdos de Chimoio não estiveram, não se assistiu caos.