Os membros do Estado Islâmico não só aplicaram as teorias da sharia naquela região, como também realizaram várias emboscadas, com baixas, às forças de defesa e segurança, mas hoje já não são eles a mandar.
O site do governo de Ruanda (mood.gov.rw), que noticiou a visita dos dirigentes militares de Moçambique e Ruanda, destacou que as equipas eram lideradas pelo comandante da força ruandesa, general Emmy Ruvusha e o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Almirante Joaquim Mangrasse.
Não se trata de uma exaltação pela conquista do posto administrativo de Mucojo, nem de garantir o regresso da população, mas sim de traçar estratégias para operações militares que mantenham a região livre e evite-se que seja novamente tomada pelos membros do Estado Islâmico.
População celebra regresso às suas origens
Desde a semana passada, muitas famílias, com o aval das autoridades locais, estão regressando ao posto administrativo de Mucojo. No entanto, as de Quiterajo continuam longe de voltar às suas origens. Na semana passada as FDS anunciaram que reocuparam Quiterajo, mas continua a ser feita verificação.
Um dos motivos de celebração do regresso ao posto administrativo de Mucojo é a realização de actividades de sobrevivência, conforme relatou à “Integrity” um dos cidadãos que se preparavam para regressar na Segunda-feira (25).
“Primeiro, é nossa terra. Proponho vivermos e pescar, a nossa principal actividade. Aqui na vila de Macomia não temos o que fazer e dependemos absolutamente de apoio, por isso quisemos e estamos disponíveis para regressar.”
A satisfação também é evidente entre os residentes de Macomia-sede. “Estamos comendo peixe da praia, até compramos a preços baixos, e alguns carros estão ganhando dinheiro pelo transporte de pessoas. Por isso, saudamos as nossas forças, sobretudo Ruanda, por esta conquista”, disse Salua Momade, agente económico informal local em entrevista ao “Integrity”.
“Integrity” foi informado que antes do regresso da população, a estrada de terra batida que liga Macomia e Mucojo, a mais de 50 quilómetros, recebeu manutenção. Contudo, o regresso das famílias ocorre numa altura sem quaisquer serviços públicos alocados, e, caso haja, como os de saúde, serão fornecidos pelos militares. (INTEGRITY)