A organização internacional manifestou sua repúdio à repressão violenta da Polícia da República de Moçambique (PRM), que resultou em mortes e feridos durante manifestações populares.
Conforme a resolução, as eleições foram marcadas por denúncias de manipulação, levando a descontentamento público e acusações de falhas institucionais. O IDC-CDI destacou que esses actos colocam em causa os princípios democráticos e os direitos humanos. Além disso, apontou o agravamento da situação política após os assassinatos de Elvino Dias, advogado do candidato presidencial Venâncio Mondlane e Paulo Guambe, membros do PODEMOS, crimes que permanecem sem solução até o momento.
O IDC-CDI pede ao Conselho Constitucional e à Comissão Nacional de Eleições para agirem com transparência e responsabilidade ao divulgar os resultados, exigindo credibilidade no processo. A organização reforça a necessidade de um diálogo democrático e pacífico para solucionar a crise, apoiando partidos e movimentos cidadãos que buscam alternativas construtivas para a instabilidade.
O apelo à União Africana e ao Parlamento Pan-Africano é também, um ponto central na resolução, com o IDC-CDI solicitando envolvimento activo dessas instituições para garantir soluções diplomáticas e monitoramento de processos eleitorais em Moçambique e em outros países africanos. A organização também condena práticas recorrentes de golpes institucionais, onde órgãos eleitorais e judiciais são manipulados para perpetuar regimes autoritários.
Contudo, enquanto a situação no país tende a agravar, com situações como as de hoje, com polícias atropelando e disparando deliberadamente contra manifestantes pacíficos, o IDC-CDI reafirma o seu compromisso com a promoção da democracia, dos direitos humanos e da boa governação, instando as partes envolvidas a agirem com justiça e transparência para restaurar a paz e a estabilidade em Moçambique. (Bendito Nascimento)