Trata-se de Armando Humberto e sua esposa Daniela, Max258, Denise Ivone, Heike Pinto, Jaime Langa, Arafat Cossa, Chambal Davids e outros que, distanciando-se de actos de vandalismo por não representarem a causa dos cidadãos, em um vídeo dizem numa voz única “a esperança de Moçambique vive na força do seu povo”.
“É impressionante como o inimigo consegue dividir irmãos unidos por uma causa nobre”, começam por dizer demonstrando condenação a actos de vandalização que acontecem em meio às manifestações que decorrem no país em reivindicação dos resultados eleitorais e outros problemas socioeconómicos.
Para além disso questionam a indiferença em relação aos ataques aos moçambicanos ocorridos em diversas ocasiões nas quais o governo ou as forças policiais não intervieram para resolver a situação prestando apoio às vítimas.
“Décadas de violência passaram sem nenhuma reacção. Assassinatos, roubos, espancamentos e abusos passaram e ninguém se pronunciou. Vimos os nossos direitos pisoteados, rasgados e jogados na nossa cara e não houve nenhuma reacção”, diz um trecho do vídeo.
Os mesmos contestam a acção das diferentes forças policiais e militares na contenção das manifestações que segundo os influenciadores os manifestantes querem apenas exigir os seus direitos.
“E quando decidimos nos levantar de maneira pacífica e ordeira para reivindicarmos os nossos direitos qual foi a resposta? Helicópteros, blindados, balas de borracha, balas verdadeiras atiradas directamente para o nosso corpo, gás lacrimogêneo atirado nas nossas próprias residências e novamente ninguém falou nada”, lamentaram.
Outro ponto abordado no vídeo tem a ver com a não intervenção da polícia nas situações de vandalismos e saqueamento a estabelecimentos comerciais perpetrada por oportunistas que se aproveitaram do movimento de protestos para causar esses danos.
Com uma voz firme os influenciadores distanciam-se dos vândalos e dizem que apenas buscam condenar a situação de violação dos direitos humanos vivida em Moçambique.
“Não somos vândalos. Assim como levantamos para condenar a injustiça, estamos aqui para condenar esses actos, pois reconhecemos que este é um caminho para destruir o que todos nós queremos construir”, disseram.
Ademais apontam uma série de actos de vandalismo enfrentados pelos cidadãos há bastante tempo e não mereceram atenção da polícia. Caso de roubo de celulares e cabelos sintéticos nos transportes e paragens de autocarros, furto de acessórios de viaturas, entre outros.
Os jovens com milhares de seguidores nas diferentes redes sociais finalizam o vídeo apelando à união e à vigilância de todos para o fim de actos de vandalismo e da violência policial. (Ekibal Seda)