INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 15 de Setembro de 2022– À porta da realização da maior competição africana de futebol de praia, a ter lugar em Vilankulo, na província de Inhambane, vem o Hotel Dona Ana, a emitir um veemente documento solicitando as instituições do Estado, para remover barracas, contentores de venda de produtos de mercearia, oficinas de escultura e artes locais, até de fabrico artesanal de barcos, de população com modestos recursos financeiros ao longo da orla marítima, alegando obstrução da atractividade turística na baía daquela vila turística.
Felisberto Jalane, gestor e representante do Hotel Dona Ana em Vilankulo, escreveu a 6 de Setembro, uma carta bárbara solicitando a remoção de barracas, contentores de mercearia, atelier de escultores e oficinas de construção de barcos na orla marítima porque causam má imagem nas proximidades do hotel.
“O Hotel Dona Ana vem mui respeitosamente rogar a quem de direito a remoção de contentores depositados no local, a demolição das cabines e barracas montadas de forma clandestina e a retirada da oficina de barcos aí instalada que inesperadamente fecham e destroem a vista do mar, dificultam a livre circulação, pulverizando assim a área com sujidade e barracas assim como cabanas malfeitas, reduzindo a atractividade turística”, lê-se na carta do Hotel Dona Ana.
Trata-se de uma carta distribuída, consecutivamente para o Conselho Municipal, a inspecção Nacional de Actividades Económicas, Governo do distrito de Vilankulo, Sociedade Hoteleira local, empresa Caminhos de Ferro de Moçambique e Associação de Turismo, tudo na luta titânica para destruir o pacato cidadão e manter sobrevivo os interesses daquele gigante turístico.
O administrador do distrito já reagiu ao conteúdo daquela carta, que, na essência, visa desestabilizar a população com parcos recursos perante a sua actividade de subsistência e manter ganhos e benefícios ao Hotel Dona Ana. Edmundo Galiza Matos Jr. disse em poucas palavras que “não diz nada. Não procede. O espaço é gerido pela Administração Marítima e pela empresa Porto e Caminhos-de-Ferro”, rematou o administrador do distrito de Vilankulo.
Na verdade, o espaço onde estão implantadas as barracas e oficinas de barcos bem como o atelier de esculturas de artes locais está junto à orla marítima e a sua gestão compete à Administração Marítima. Por outro lado, trata-se de uma área junto à ponte-cais, sendo da gestão particular da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique.
Ainda assim, na manhã desta Quarta-feira, Felisberto Jalane, gestor do Hotel Dona Ana disse quando abordado pelo nosso jornal que “existem algumas reivindicações, mas não posso dar detalhes e nem falar destes assuntos de momento. Mas quando esgotados todos os fóruns reivindicativos possíveis desde judiciais e extra-judiciais”.
Refira-se que os trabalhadores do Hotel Dona Ana estranham que Felisberto Jalane se identifique como Gestor e Representante da empresa nesta carta, mas recusa-se a assumir as responsabilidades de gestão do Hotel Dona Ana, no referente ao pagamento dos salários, do INSS entre outros direitos da massa laboral. (António Zacarias)
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