INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 15 de Setembro de 2022-Reina um ambiente turvo entre operadores florestais da região de Chombe-Lifumba, na localidade de Chueza no distrito de Dôa, na província de Tete. Os poderes do Estado, foram usados pelas mãos de funcionários dos Serviços Provinciais de Ambiente para atribuir áreas de concessão florestal e de licença simples sobrepostas numa área de fazenda para exploração de águas termais.
A 6 de Setembro, a nossa investigação contactou a propósito desta situação, Marcos Almeida, Director do Serviço Provincial de Ambiente em Tete, que não prestou quaisquer declarações, limitando-se a manter-se no silêncio. Afinal, a confusão de áreas de exploração florestal no povoado de Chombe-Lifumba, no distrito de Doa na Província de Tete, tem como epicentro o facto de a actual concessão florestal de Ana Paula João Francisco, ter sido requerido, inicialmente, como projecto de exploração de águas termais.
As partes desavindas, já buscaram solução na justiça. O Tribunal de Mutarara que cuidou do imbróglio, embora seja da jurisdição do vizinho distrito de Doa, entendeu no seu douto despacho que Ana Paula João Francisco estava desprovida de razão sobre aquela área. No entanto, os funcionários públicos envolvidos no licenciamento e na fiscalização e controle de qualidade ambiental em Tete, não conformam-se com a razão dada ao Amílcar Joseane António, operador florestal de licença simples.
As águas termais que se pretendiam explorar são águas aquecidas sob a terra, seja pelo processo de geotermia, que é o calor da própria terra, ou por acção de vulcões. Elas brotam no solo com temperaturas maiores do que a do corpo humano, ou seja, com cerca de 36,5°C e 37,5°C, e, em alguns casos, podem ser muito mais altas do que isso. Além das altas temperaturas, essas águas possuem grandes quantidades de minerais que fazem bem para a pele humana e para todo o organismo, como potássio, selênio, cálcio, zinco, cloretos e magnésio.
A potencialidade daquela região com estas águas, precipitou o interesse da cidadã Ana Paula João Francisco que tramitou o expediente todo necessário para desenvolver um projecto meramente turístico de fazenda na região de Chombe-Lifumba, localidade de Chueza no distrito de Dôa, na província de Tete. Entretanto, no meio da implementação deste projecto, surge um interesse pela exploração florestal, quando já havia outros interessados na exploração florestal, como e o caso de Amílcar Agostinho Josseane António um operador de licença simples, cuja área faz limite com um outro operador, identificado apenas por Lázaro.
Quando o Estado, através dos Serviços Provinciais de Florestas atribuiu à província de Tete a quota de exploração florestal da espécie de chacate preto, o projecto de exploração de águas termais em Chombe-Lifumba foi esquecido e os interesses daquela operadora focaram-se a exploração daquela espécie madeireira na região para fins comerciais na República da China. Como tal, segundo apurou a nossa investigação, este interesse na exploração florestal, usou o nome de Josina Rafael Mathe cuja licença tem seus planos de maneio na região de Papaia e não Chombe-Lifumba.
Numa segunda tentativa de aproximar a sua licença de exploração de águas termais em fazenda para exploração florestal, foi indicada uma outra Josina, mas desta vez tratava-se de Josina André Francisco, nomes aproximados para avançar com o projecto de exploração florestal numa área requerida para exploração de águas termais em fazenda. (António Zacarias)
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