Segundo consta no mandado acima citado, Vitano Singano, conhecido por suas declarações bombásticas e severas contra o partido no poder, Frelimo é acusado da prática dos crimes de: “Conjuração ou conspiração para a prática de crimes contra a segurança do Estado, punidos nos termos do artigo 385 do Código Penal, por alegadamente haver indícios de um grupo de pessoas concertarem para a prática de crimes contra o Estado; Alteração violenta do Estado de Direito, previsto e punido, nos termos do artigo 392 do Código Penal, por haver indícios de um grupo de pessoas que por meio de violência tentam destruir, alterar ou subverter o Estado de Direito constitucionalmente estabelecido.”
De acordo com o Tribunal Judicial da cidade de Maputo, a captura e detenção de Vitano Singano era urgente devido ao facto de serem insuficientes as medidas de liberdade provisória, nos termos dos artigos 243, n° 1 e 245 do Código Penal, razão pela o agente competente do processo n° 4217/sic/2024 ou 277/GCCCOT/2024 tinham que o capturar-lhe e detê-lo.
Diante deste mandado, Vitano Singano encontra-se detido e viu a sua prisão legalizada há dias. Singano é um desmobilizado de guerra que por longos anos serviu ao falecido líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, mas depois da morte do político e ascensão de Ossufo Momade, Singano rebelou-se e junto com outros descendentes da Perdiz fundaram a Revolução Democrática (RD) que concorreu nas últimas eleições legislativas e provinciais, não tendo conseguido qualquer assento.
Entretanto, com a eclosão na nova crise política no País, Vitano Singano que desde as eleições apoiava o candidato Venâncio Mondlane, foi acusado pela RENAMO como quem estivesse a fazer a mobilização dos ex-guerrilheiros da Perdiz para uma possível entrada em cena dos homens devido a fraude eleitoral que paralisou o País nos últimos dias através de manifestações em todo o território nacional e na diáspora. (INTEGRITY)