“Já não há mais por confiar a um governo de mentirosos e burladores”, dizem professores anunciando manifestação no sábado

INTEGRITY-MOÇAMBIQUE, 14 de novembro de 2024-A Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) avisa que, a partir do sábado (16 de novembro), vai realizar uma série de manifestações em reivindicação de melhores condições de trabalhos e ao pagamento de horas-extras. O auge dos protestos se concentraram no processo de conselho de notas e exames em todos os níveis, o que poderá comprometer o ano lectivo 2024.

Num documento enviado ao Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), às Direcções Provinciais de Educação (DPE) assim como aos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia (SDJET) a ANAPRO apresenta uma série de reclamações que culminam com o anúncio dos protestos.

“Comunica-se ao MINEDH, a todas as DPE e aos SDJET que se vai dar início de um novo ciclo de exigências e pressão que obedecerão várias etapas e fases, com o início no próximo sábado, dia 16/11/2024 por meio de uma “Marcha Nacional dos Professores”, como forma para mostrar a indignação, insatisfação com o executivo”, lê-se no comunicado.

O organismo justifica a acção com o facto de já terem apresentado, desde o ano passado e por diversas vezes, reclamações sobre o assunto ao Governo assim como a Assembleia da República mas estes órgãos não resolveram o problema e nem sequer deram satisfações a ANAPRO.

“Com a aproximação do fim do presente ano lectivo sem  o mínimo de comunicação, além de perda total de esperança, indiferença, surdez, apatia, tentativa de ignorar os nossos problemas, damos a conhecer que já não há mais por confiar â um governo de mentirosos e burladores”, declararam os professores.

Para além disso a ANAPRO afirma que o Governo tem mostrado indiferença diante das preocupações dos professores pois a cada dia que passa as condições de trabalho destes profissionais têm deteriorado e nesse período o executivo vem mentido para os moçambicanos.

“(…) doendo mais pelas mentiras monumentais que foram sendo contadas por todos os intervenientes do governo que se dignaram dar caras e voz em volta do assunto (Presidente da República na abertura do ano lectivo em Sofala, Primeiro Ministro na casa do povo e em inúmeras vezes o MINEDH, por meio da Ministra quanto dos seus porta-vozes)”, queixaram.

Esta é mais uma classe de profissionais do aparelho de estado que juntam-se às manifestações em reivindicação de melhores condições de trabalho. A ANAPRO diz estar a lutar pela dignidade do professor e por uma educação de qualidade.

A ANAPRO é um organismo que congrega vários professores associados, simpatizantes e amigos a nível nacional e internacional. (Ekibal Seda)

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