CNE ainda não tinha enviado editais ao CC até às 14 horas de ontem

Os editais foram entregues ao Presidente da Comissão Nacional de Eleições, dom Carlos Matsinhe, no passado dia 8 de Novembro, mas até às 14 horas de ontem (11/11) ainda não tinham sido encaminhados ao Conselho Constitucional.

Fontes da CNE dizem que os editais e actas entregues ao presidente daquele órgão eleitoral já nem se encontravam na CNE e ninguém, pelo menos dos elementos que representam a oposição, sabe onde estão. Matsinhe é dos poucos que sabe para onde os editais foram encaminhados.
Alguns membros da CNE contactaram, ontem, alguns juízes do Conselho Constitucional para obter a confirmação da entrega ou não dos dossiers.

A resposta dos juízes foi de que ainda não os tinham recebido e que a CNE tinha prometido entregá-losjustamente ontem pelas 14 horas. Não há certeza, mas é mais provável que se tenha feito a entrega mesmo ontem.

A província de Inhambane foi a última a fazer a entrega dos editais e actas de apuramento ao nível das mesas e do distrito, por volta das 13 horas do dia 8. O material foi recebido pelo grupo de recepção da Direcção de Organização e Operações Eleitorais da CNE.

No mesmo dia, o material foi entregue ao presidente da CNE. Supunha-se que o fosse submeter no mesmo dia, dado que 8 de Novembro era o prazo estipulado pelo Conselho Constitucional para a CNE entregar os editais.

 

Vogais desconhecem conteúdo da fundamentação sobre discrepâncias dos resultados eleitorais

O Presidente da CNE não partilhou com todos os vogais da CNE os documentos da sua fundamentação em relação à discrepância dos números referentes à eleição do Presidente, Assembleia da República e da Assembleia Provincial.

Segundo alguns vogais, a CNE apenas partilhou com eles o acórdão do Conselho Constitucional que solicitava esclarecimento daquele órgão de gestão eleitoral sobre a discrepância dos números nas três eleições. Por isso, desconhecem o conteúdo da fundamentação que a CNE terá enviado ontem para o Conselho Constitucional.

Na semana passada, Fernando Mazanga disse à MBC TV, uma nova estação televisiva nacional, que a fundamentação da CNE devia ser analisada em plenária do órgão antes de ser enviada para o Conselho Constitucional. (TEXTO: Centro de Integridade Pública – CIP)

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