Fontes da CNE dizem que os editais e actas entregues ao presidente daquele órgão eleitoral já nem se encontravam na CNE e ninguém, pelo menos dos elementos que representam a oposição, sabe onde estão. Matsinhe é dos poucos que sabe para onde os editais foram encaminhados.
Alguns membros da CNE contactaram, ontem, alguns juízes do Conselho Constitucional para obter a confirmação da entrega ou não dos dossiers.
A resposta dos juízes foi de que ainda não os tinham recebido e que a CNE tinha prometido entregá-losjustamente ontem pelas 14 horas. Não há certeza, mas é mais provável que se tenha feito a entrega mesmo ontem.
A província de Inhambane foi a última a fazer a entrega dos editais e actas de apuramento ao nível das mesas e do distrito, por volta das 13 horas do dia 8. O material foi recebido pelo grupo de recepção da Direcção de Organização e Operações Eleitorais da CNE.
No mesmo dia, o material foi entregue ao presidente da CNE. Supunha-se que o fosse submeter no mesmo dia, dado que 8 de Novembro era o prazo estipulado pelo Conselho Constitucional para a CNE entregar os editais.
Vogais desconhecem conteúdo da fundamentação sobre discrepâncias dos resultados eleitorais
O Presidente da CNE não partilhou com todos os vogais da CNE os documentos da sua fundamentação em relação à discrepância dos números referentes à eleição do Presidente, Assembleia da República e da Assembleia Provincial.
Segundo alguns vogais, a CNE apenas partilhou com eles o acórdão do Conselho Constitucional que solicitava esclarecimento daquele órgão de gestão eleitoral sobre a discrepância dos números nas três eleições. Por isso, desconhecem o conteúdo da fundamentação que a CNE terá enviado ontem para o Conselho Constitucional.
Na semana passada, Fernando Mazanga disse à MBC TV, uma nova estação televisiva nacional, que a fundamentação da CNE devia ser analisada em plenária do órgão antes de ser enviada para o Conselho Constitucional. (TEXTO: Centro de Integridade Pública – CIP)