Numa comunicação à Nação atinente à crise eleitoral que verifica em Moçambique Lutero Chimbirombiro Simango pede que haja verificação dos boletins de votação de todas mesas e na sua totalidade com as respectivas actas e editais.
Eis abaixo a transcrição da comunicação proferida pelo presidente do Movimento Democrático de Moçambique MDM atinente à crise pós-eleitoral.
Estamos aqui para reiterar o nosso posicionamento político depois de termos estado a acompanhar as manifestações pós-eleitorais face aos resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições, no dia 24 de outubro de 2024.
E as movimentações de indivíduos, grupos de pessoas incluindo os esforços e apelos para normalização da situação. É verdade que estamos todos preocupados com a segurança, tranquilidade e a ordem pública, circulação livre de pessoas e bens e das nossas liberdades individuais.
Reconhecemos os problemas do país que derivam das más políticas públicas, corrupção generalizada, discriminação e exclusão, marginalização dos jovens, má gestão dos nossos recursos, perca de credibilidade das instituições políticas e da administração pública. Por isso, não basta falar das consequências. Os apelos serão ouvidos havendo a coragem, vontade política, honestidade de abordar as causas, as razões que levam o nosso povo a estar na rua a se manifestar.
A causa destas manifestações que ocorrem em todo país são os resultados eleitorais na posse do Conselho Constitucional, que não reflectem a vontade popular e a expressão dos eleitores nas urnas. Há ausência da Justiça Eleitoral. Este é o sentimento dos que foram votar, observaram eleições e testemunharam todo processo de contagem, processamento dos editais e actas e a sua publicação.
Este é o problema fundamental, é a causa da situação pós-eleitoral que se faz sentir no país associando-se com tantos outros problemas, tais como: a intolerância política, o abuso do poder, altos níveis da pobreza, custo de vida, captura do Estado, raptos, sequestros, taxas elevadas de desemprego, fome.
A situação sociopolítica de Moçambique de hoje não é igual à dos anos passados. Neste contexto, as três gerações têm a responsabilidade de garantir a unidade nacional na diversidade, e promover um ambiente conducente para alavancar a economia nacional para resolver os problemas que a Juventude e a população enfrentam no seu dia-a-dia.
Diálogo sim. Mas é preciso que nos concentremos no Problema principal, que é o Problema Eleitoral.
Reposição da legalidade eleitoral por parte do Conselho Constitucional. Há apenas duas vias para credibilização deste processo eleitoral:
• Auditoria forense. Que haja verificação dos boletins de votação de todas as mesas de votação na sua totalidade com as respectivas actas e editais.
• Ou repetição de eleições na base de correção das ilegalidades verificadas.
O uso da força para se impor contra a vontade popular, vai alimentar e gerar violência.
Qualquer diálogo deve ser inclusivo, participativo e engajador. Estaremos ao lado do Povo, da Justiça Eleitoral e combateremos todas formas de manipulação.
A Crise Pós-Eleitoral em Moçambique está sendo caracterizada com violentas manifestações convocadas já na sua etapa por Venâncio Mondlane candidato presidencial suportado pelo partido PODEMOS que reivindica a reposição da verdade eleitoral.
Na cidade de Maputo, o epicentro das manifestações, vive se uma desobediência civil e caos nas ruas com vandalização de infraestruturas públicas e privadas, queima de pneus e paralisação de actividades sócio e disparos de balas verdadeiras e de borracha para além de bombas de gás lacrimogêneo em todo lado.
A economia moçambicana, pode colapsar se as manifestações entrarem para a quarta etapa porque no entender de Venâncio Mondlane para fazer jus aos assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe as manifestações devem ir até 25 etapas. (IMN)