A informação foi avançada por Dino Lopes, Director do Serviço de Urgência de Adultos do HCM, quando apresentava o rescaldo dos acontecimentos daquele hospital relativo ao dia 7 Novembro, numa altura em que milhares de cidadãos dirigiram-se ao centro da Cidade de Maputo para manifestar em reivindicação dos resultados eleitorais e outros problemas socioeconómicos.
“Ontem, dia 7, tivemos na Urgência de Adultos um total de 101 pacientes. Dos 101 pacientes 66 foram vítimas dessas manifestações e os restantes foram de outras causas”, contou, explicando que o HCM teve um total de 138 admitidos, dos quais a urgência de pediatria teve oito entradas e a de ginecologia registou 29 entradas.
Das vítimas resultantes das manifestações de ontem, o HCM avança que 57 pacientes apresentaram lesões causadas por armas de fogo, outros quatro foram por queda, três por agressão física e dois por feridas de armas brancas.
Ainda ontem a maior unidade hospitalar do país confirmou o registo de vítimas mortais, um internamente e dois de fora do hospital.
“Em relação aos óbitos, nós reconhecemos sim dois óbitos, relatam as pessoas que trouxeram que foram vítimas destas manifestações. Reconhecer quer dizer que são óbitos extra hospitalares. Dentro do nosso hospital dos 66 tivemos um óbito”, contou sem dar detalhes das causas das mortes.
Em relação ao quadro clínico dos pacientes que permanecem no HCM, quatro estão em estado crítico, destes dois necessitam de uma grande cirurgia. para além disso três doentes estão em estado grave e os restantes encontram-se fora de perigo.
De referir que nestes dias marcados por manifestações e paralisação de actividades públicas e privadas o HCM tem registado subida na entrada de pacientes. A maior parte dos assistidos tem idades compreendidas entre os 15 aos 35 anos. (Ekibal Seda)