Mondlane que se encontra neste momento no estrangeiro falou à agência AFP, que sente que se vive em Moçambique uma “atmosfera revolucionária”.
“Sinto que há uma atmosfera revolucionária… que mostra que estamos à beira de uma transição histórica e política única no país”. Precisou Mondlane.
Venâncio Mondlane que não irá participar nas marchas desta quinta-feira, por motivos de segurança.
Esse momento de “transição histórica e política única” referido pelo Mondlane, também gera um despertar na população, que tende de buscar mais participação da população a expressar descontentamentos e agir para moldar a direção das mudanças.
Importa referir que o clima de tensão em Maputo reflete os desafios complexos que Moçambique tem enfrentado nos últimos anos, incluindo questões políticas, econômicas e de segurança que impactam directamente a vida dos cidadãos.
Situações como aumento do custo de vida, insegurança ou acções de grupos insurgentes em outras regiões do país, como na província de Cabo Delgado, podem contribuir para uma sensação de instabilidade até em áreas urbanas como Maputo, onde, normalmente, a violência de conflitos armados não costuma ocorrer directamente.
A cidade está passando por um período de intensa tensão social e política, manifestada em protestos, operações policiais ou medidas governamentais rígidas, o que leva a população a sentir um “clima de guerra”. Esse sentimento pode ser resultado tanto de factores externos quanto internos, com a combinação de uma economia fragilizada, tensões políticas ou até de uma crescente insatisfação popular.
Em um ambiente assim, é comum que as pessoas se sintam apreensivas, com uma sensação de incerteza sobre o futuro. Em situações de tensão urbana, acções e políticas que promovam diálogo e soluções pacíficas são essenciais para evitar que a situação escale para confrontos mais sérios, contribuindo para a estabilidade e segurança da população. (Nando Mabica)