Esta entidade frisa que as manifestações não trarão soluções palpáveis, muito pelo contrário levam a destruição da sociedade e dos bens públicos e privados e isso causará privação de serviços essenciais principalmente aos mais carenciados.
Baseando-se nos princípios e valores que norteiam a religião islâmica, o organismo entende que a violência não resolverá os problemas que inquietam os manifestantes pelo que exorta o diálogo.
“Nós como Conselho Islâmico de Moçambique não apoiamos, porque a base islâmica é vivermos em paz e harmonia. Como líderes religiosos apelamos às conversações, que se sente para chegar a uma conclusão na base da lei”, sugeriu.
Aliás, o CISLAMO diz que a religião proíbe manifestação contra os governantes pois em um estado de direito democrático existem meios legais para sua destituição ou legitimação. É neste sentido que pede distanciamento dos muçulmanos nesses tumultos.
“Mesmo que o governante seja injusto, a nossa religião islâmica não permite sair às ruas. Nós estamos contra esse tipo de acto e não recomendamos. Nós pedimos de forma particular, os muçulmanos que tiveram ou que estavam a fazer essas manifestações a se retirarem de forma imediata”, orientou.
Venâncio Mondlane disse que serão 25 dias de manifestação em quatro etapas. Actualmente testemunhamos a terceira etapa prevista para que ocorra em sete dias. Segundo os cálculos, a última fase durará duas semanas caso realmente se efective. Mussa Suefe mostra-se contra essas paralisações.
“Não é legal, nem a nível da nossa religião islâmica nem a nível constitucional. Então não apoiamos essa paralisação porque eles estão a afectar o povo. Alguém incentiva manifestações, paralisam actividades e as pessoas acatam. Isso cria distúrbio. As pessoas não têm o que comer e isso resume-se em incentivar as pessoas à injustiça”, lamentou.
Estes pronunciamentos foram feitos à margem da abertura da Primeira Conferência Islâmica da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa realizada na Cidade de Maputo. (Ekibal Seda)