O pronunciamento da AMECON surge devido aos impactos económicos causados nas duas últimas paralisações, na qual a Confederação moçambicana das associações económicas disse ter perdido cerca de 1.4 mil milhões de meticais em apenas um dia.
Inquietados com a manifestação, programada para sete dias, a contar a partir da quinta-feira (01 de novembro), o grupo de economistas detalha em sete pontos o seu posicionamento, destacando os riscos económicos e a necessidade do diálogo.
“A AMECON manifesta a sua profunda preocupação com os potenciais riscos económicos, financeiros e à segurança pública e privada dos cidadãos em Moçambique das referidas manifestações”, escreveu.
Este organismo entende que as manifestações poderão piorar a qualidade de vida das populações mais pobres, principalmente àquelas que dependem do comércio informal para a sua sobrevivência.
Para além disso a entidade convidou Venâncio Mondlane e outras entidades políticas a pautarem por atitudes que se baseiam na Constituição da República e demais Leis do país. É neste sentido que condena as comunicações deste candidato por achar que os mesmos poderão gerar tumultos.
“Condena com veemência os discursos que incitam à violência e promoção do ódio, bem como o convite para a realização de manifestações defronte de instituições públicas, facto que poderá ser gerador de violência entre os manifestantes e as forças da ordem e segurança, bem como gerar uma ruptura do tecido social irreparável a médio prazo”, repudiou.
Os economistas reiteram a necessidade de os atores políticos confiarem nas instituições do país, afinal de contas Moçambique é um país democrático e em diversas ocasiões conflituosas pautou-se pela conversa entre os envolvidos.
Diante da actual situação, que se vive em quase todo o território moçambicano, a AMECON convida as organizações da sociedade civil a criarem canais de diálogo na perspectiva de se alcançar a paz, o que poderá permitir o desenvolvimento social e económico do país. (Ekibal Seda)







