De acordo com Filipe Nyusi, “se já têm conclusões sobre o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe que nos deem os dados para responsabilizarmos os criminosos como Estado (…) todos os pronunciamentos de missões diplomáticas foram unanimes na condenação dos assassinatos associando-os ao actual processo político, no entanto, sem acusar nas entrelinhas insinuavam que os incidentes tinham a ver com os vencedores das eleições.”
“Não se pode fazer insinuações. Isso limita o raciocínio. Um dos embaixadores até teve coragem de emitir uma comunicação em nome do seu País associando o assassinato ao roubo de votos pela Frelimo. Como sabe disso? Se já há conclusão é prático trazer-nos esses dados para nos responsabilizarmos por esses actos como Estado. O mais correcto é deixar as investigações prosseguem em todas as versões e pistas que podem estar disponíveis”, avançou Nyusi.
Para Filipe Nyusi, o Estado está a investigar para posteriormente responsabilizar os criminosos. Numa outra perspectiva, Nyusi disse que os observadores e jornalistas acreditados estiveram nas mesas de voto e primeiramente disseram que tudo havia corrido bem, mas posteriormente vieram afirmar que houve enchimentos, como? Se isto existiu, então eles colaboraram para tal.
Num outro desenvolvimento, Nyusi atacou Venâncio Mondlane por ter se autoproclamado vencedor das eleições quando apenas estavam contabilizados cerca de 10% dos votos. Entretanto, estas afirmações do Presidente da República, surgem num contexto em que o nível de críticas vem subindo de tom, principalmente num mandato, onde já foram assassinados figuras como: Gilles Cistac, Jeremias Pondeca, Mahamudo Amurane, Paulo Machava, Anastácio Matavele, Elvino Dias, Paulo Guambe e tantos outros, havendo algumas figuras incômodas ao regime são constantemente ameaçadas de morte, espancadas e detidas injustamente, mas nunca houve qualquer responsabilização, ademais, sempre procurou-se razões enfadonhas, medonhas e misantrópicas contra as vítimas e seus familiares. (Omardine Omar)