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Home Integrity Reflexões O caldeirão do escriba

25 tiros no silêncio: O despertar que o vento não carrega

Ó ventos que deslizam invisíveis por entre os sonhos perdidos de uma nação anestesiada, se ainda trazeis nas vossas correntes a lembrança de Elvino e Guambe, não concedais ao tempo o luxo do esquecimento. Não sois, ventos, os portadores de uma paz ilusória que anestesia. Que vossas correntes sejam açoites na consciência adormecida de um povo, para que desperte da letargia que, na escuridão, se alimenta de falsas promessas. Se há lembrança, que seja uma lâmina afiada, pronta a cortar as amarras do conformismo que sufoca a liberdade.

24 de Outubro, 2024
em O caldeirão do escriba
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Ó Elvino, ó Guambe, hoje sois estrelas no firmamento, transfigurados em luz, mas destituídos do corpo por 25 sopros metálicos que vos tiraram do mundo terreno. O ferro perfurou vossa carne, mas não tocou o espírito. O vento – esse mestre intangível – não pode ser acorrentado. Ele vaga, escapa, zomba das tentativas de aprisionamento. E as vossas vozes, que eles acreditaram silenciar, agora rugem nos ouvidos dos incautos, ressoam como trovões que prenunciam a tempestade.

Cíclico é o teatro da opressão, onde as ironias trágicas se repetem, grotesco e sublime misturados numa dança macabra. Os tiranos acreditam que o chumbo tem o poder de encerrar uma vida e, com ela, uma ideia. Pobres tolos! Não compreendem que o espírito, essa força invisível e indomável, escapa a suas mãos sujas de sangue. Nietzsche já nos alertava sobre aqueles que, de tanto perseguirem monstros, se transformam no que mais temem. E os que acreditam no poder absoluto da violência caminham cegos rumo à própria destruição.

Elvino Dias, advogado e professor, foste um mestre que não ensinava apenas o Direito, mas a ética, a moral, a essência da justiça. Não ensinavas apenas leis; mostravas ao povo como enxergar além das correntes da ignorância, como respirar a liberdade que sempre lhes foi negada. Pagaste o preço mais alto, não pelo saber que transmitiste, mas pelo despertar que provocaste. Foste um homem, e agora és um símbolo, uma semente que germina no solo fértil da revolta.

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Ah, como o povo dorme! Mas o sono já não é tranquilo. Os 25 tiros que ecoaram contra o vento não atingiram apenas dois homens, mas a própria nação, ferindo-lhe a alma, abrindo cicatrizes que jamais poderão ser fechadas. Os mestres de marionetes acreditam que podem manipular os destinos com chumbo e terror, mas são míopes. Não percebem que o espírito de justiça, essa força indomável, paira sobre as cabeças dos oprimidos, pronta para descer como um furacão quando o povo finalmente despertar.

E o despertar virá. Não será por escolha dos que governam na tirania do silêncio, mas pela inevitabilidade da verdade. Elvino e Guambe, em sua morte, tornaram-se mais poderosos do que jamais poderiam ter sido em vida. A grande ironia: enquanto os opressores acreditam que eliminam ameaças, apenas semeiam sua própria ruína. Como disse Camus, “o tirano acredita que a justiça é uma espada em sua mão, mas a verdade é sempre uma flecha que lhe atravessará o peito.”

E agora, vós, que contemplais do firmamento o desenrolar dessa farsa, sois o vento que sopra nas mentes inquietas. A liberdade, que nos foi prometida, é uma miragem – celebrada em canções que não compreendemos, em discursos vazios que nos deixam mais perdidos. Mas não choraremos. Se vossa morte nos serve de algo, é para lembrar que o caminho à verdadeira independência não se percorre em silêncio, mas com gritos que ecoam contra o vento, rompendo as correntes da submissão.

Então, guiar-nos-eis, Elvino e Guambe? Ou continuaremos a correr atrás de sombras, enquanto o vento, esse velho indomável, se nega a nos carregar? (Zacarias Nguenha)

Tags: CarregaDespertarTirosVento
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