Carinhosamente chamado por “Soberano”, pelos Colegas de profissão e da turma, na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em 2009, descrevem o malogrado como um rapaz que saiu de aldeia e que tirou dezoito valores por duas vezes.
Noutra abordagem, Dias, foi um militar entre os anos 1999 a 2001 e os seus colegas de trincheiras descrevem as suas qualidades, como um soldado bravo.
“Porquê nos roubaram Elvino? Elvino é sangue e suor da multidão. Elvino somos nós”, disse Armando Nenane, em representação da sociedade civil que usou da sua leitura tremenda ao estilo de uma poesia, voz essa que afugentou a tristeza por uns segundos e activou as palmas e fez vibrar vozes e gritos com mensagem como “Elvino, Elvino (…)”.
A sociedade civil disse ainda que Elvino Dias foi um lutador incansável e deixa um vazio enorme na nossa sociedade, Elvino Dias lutava contra um regime que nega.
Venâncio Mondlane e Elvino Dias desenvolveram no seu ambiente do trabalho, um amor de irmãos, mas prometeu que as “25 balas que tiraram vida do Elvino Dias, serão transformados em “25 dias de terror contra os terroristas que o mataram”.
Carlos Martins, Bastonário da ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) disse que ser advogado é ser sujeito a todos os riscos, mas nunca se deve parar de lutar contra a injustiça no país.
Elvino Dias e Paulo Guambe, ambos assassinados na última madrugada do dia 19 de outubro, suas cerimónias fúnebres decorreram nesta quarta-feira, 23 de outubro, em Maputo. Elvino Dias nasceu em 1979, na província central da Zambézia. (Nando Mabica)