INTEGRITY, MAPUTO, 19 DE OUTUBRO DE 2024 – Numa noite que prometia ser comum, o destino do advogado Elvino Dias e do seu acompanhante, Paulo Guambe, tomaria um rumo trágico. Ambos estavam no Mercado 4 de Outubro, conhecido como “Pulmão”, onde desfrutaram da sua última refeição.
Uma testemunha, que se encontrava no local, relatou: “À sua volta havia pessoas estranhas. Assim que Elvino e Paulo saíram, essas pessoas seguiram-nos.” O ambiente, até então tranquilo, foi subitamente interrompido por uma série de disparos. “Pensei que eram fogos de artifício ou uma ação policial, mas logo percebi que não era nada disso…”
E quem era a mulher que acompanhava Elvino Dias no carro? De acordo com a testemunha, ela trabalhava no mercado e, ao pedir uma boleia, não fazia ideia de que estava prestes a confrontar a morte. “Dizem que o plano era eliminar todos os que estavam no veículo. Por sorte, a moça sobreviveu.”
Outra testemunha, residente nas imediações, descreveu a cena: “Tudo aconteceu por volta das 23h, quase à meia-noite. Os mais de dez disparos eram audíveis a dois ou quatro quarteirões, causando pânico entre os moradores da esquina entre a Avenida da Resistência e Joaquim Chissano.”
A tensão no ar era palpável, e a cidade de Maputo, que acordaria no dia seguinte sem saber da tragédia, começava a ser dominada pelo medo e pela incerteza.
Até às 10h deste sábado era possível ver presença, no local, da imprensa e agentes da PRM e SERNIC. – ONÉLIO LUÍS