Por Bendito Nascimento
Ah, Pátria amada! A terra onde a lógica muitas vezes se veste de palhaço, e o riso esconde a amarga realidade. A mais recente notificação da Procuradoria-Geral da República (PGR) a Venâncio Mondlane é o ponto alto de um espetáculo que mais parece uma tragédia grega. O homem levanta a voz e se autoproclama vencedor das eleições, e o que a PGR faz? Intima-o como se ele fosse o único vilão nesta dança de Mapiko!
Quem diria que a PGR, com toda sua formalidade, se tornaria a protagonista de um drama tão (…)? É quase como assistir a uma novela em que a personagem principal, a própria PGR, busca criar intrigas em vez de resolver os problemas. A pergunta que não quer calar é: “Onde estava a PGR quando a verdadeira desordem começou, com pessoas manipulando resultados e travando o direito à voz do povo?”
Cá entre nós, é fácil fazer barulho em volta de candidato que grita nas redes sociais. Mas e a calma silenciosa que vem do fundo das urnas, que nos mostra que a verdadeira desordem é o que está sendo encenado sob os olhos de todos? Se a PGR quer punir, que comece a se olhar no espelho e perguntar: “Estou fazendo meu trabalho, ou apenas alimentando o circo?”
E a ameaça de prisão de dois a oito anos para quem incitar a violência? Uma ironia digna de aplausos! Por que será que a PGR não está pensando em punir quem realmente causa o caos, ao invés de cuidar de quem apenas fala alto? Aqui, parece que o discurso é mais perigoso do que a realidade de um sistema eleitoral que parece um labirinto sem saída. “Em quem vamos confiar se nem a justiça se entende?”, pergunta o cidadão que, sem dúvidas, já está de saco cheio de tanta comédia.
Agora, imagine a cena: a PGR agindo como a vovó chata que quer controlar tudo, enquanto os netos, que são os cidadãos, querem apenas brincar em paz. É como se eles dissessem: “Se você não pode controlar a situação, pelo menos controle a conversa.” E aí fica a reflexão: se a PGR estivesse realmente trabalhando para o povo, não deveria estar garantindo que as eleições fossem limpas e justas, ao invés de se preocupar com quem está gritando mais alto nas redes sociais?
No final das contas, a verdadeira tragédia é que a PGR esqueceu o mais importante: a essência de seu papel. O que precisamos é de uma justiça que não apenas vigie o que dizemos, mas também se levante contra a manipulação que nos cerca. Ao invés de se transformar em mais um ato de circo, que tal a PGR se juntar ao povo e garantir que as palhaçadas não venham de quem deveria proteger nossa democracia?
Em suma, esse circo eleitoral está mais para uma comédia de erros do que para uma luta pela verdade. Enquanto a PGR se distrai com Venâncio, o resto de nós vive as consequências de um espetáculo que se desenrola sem um enredo real. E assim, seguimos, entre risos e lágrimas, tentando encontrar sentido nesse grande teatro de absurdos que nos cerca.