O autor de “Felismina”, entende que os órgãos de administração eleitoral não estão a penalizar devidamente os indivíduos envolvidos nas fraudes eleitorais o que de certa forma retira a credibilidade da democracia moçambicana.
“Parece que esta situação do enchimento de urnas é encarado com alguma leviandade e como se fosse só um tropeço no percurso da nossa democracia. Isto revela exactamente o carácter das pessoas à frente deste processo. A Comissão Nacional de Eleições é neste momento uma instituição desprovida de seriedade”, escreveu Stewart na sua página oficial do Facebook.
Outro aspecto destacado por Sukuma diz respeito aos resultados do apuramento parcial divulgados pelos meios de comunicação. A preocupação do artista cinge-se nos cálculos uma vez que feitas as contas as percentagens chegam a ultrapassar os 100 por cento.
“Não sei de onde veio a informação sobre as percentagens que a TV Sucesso apresentou, se é oficial ou não, sendo oficial é gravíssimo mas acima de tudo vergonhoso, seja de onde for que ela veio, porque nem uma conta de somar simples sabem fazer”, lamentou.
Stewart Sukuma, com 40 anos de carreira musical, movido pelo orgulho de ser moçambicano, aproveitou o direito à liberdade de expressão para repudiar a situação e partilhar a sua indignação de forma pública.
“Como cidadão tenho todo direito de me pronunciar sobre assuntos políticos e sociais no meu país mas tenho obrigações também; divulgar a verdade, por isso faço sempre sem precipitações. Como moçambicano não me identifico com este tipo de atitudes. (…) vou defender o meu país de actividades contra os meus direitos”, comentou.
Esta não é a primeira vez que o cantor mostra o seu descontentamento em relação ao processo eleitoral. Há cerca de um mês criticou os artistas que apoiam candidatos e partidos políticos mas distanciam-se de causas sociais. (Ekibal Seda)