INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 06 de Setembro de 2022 – É uma novela com muita acção, num estilo mexicano. Em causa, estão 10 mil hectares de terra atribuídos a um consórcio empresarial que vem pela beneplacidade das autoridades governamentais a nível Central.
O caso está a deixar as comunidades visadas do distrito de Massingir, na província de Gaza, em estado de ebulição, chegando a chamar as lideranças locais e centrais do país de “ladrões” e de não reconhecerem o poder de algumas delas.
Um facto ocorrido há dias, na reunião de auscultação pública a comunidades abrangidas, foi o facto de alguns intervenientes locais, com forte apego partidário, terem começado os seus discursos com as palavras: viva a Frelimo! Viva Samora Machel! Viva Joaquim Chissano! Mas negaram a retorquir viva, referindo o nome do antigo Presidente Armando Guebuza e o do actual, Filipe Jacinto Nyusi.
A situação deixou as autoridades locais “sem chão” e com única alternativa – pedir uma intervenção a nível Central, facto este que acabou sendo acatado pela Presidência e pelos ministérios que gerem a Terra e a Agricultura.
A população criticou a falta de diálogo e de não terem sido indemnizadas, uma vez que já se encontravam nos espaços pretendidos há décadas. Entretanto, do trabalho feito pela “Integrity”, constatamos que a má-relação entre os habitantes residentes em Massingir e os governantes locais vem dificultando o processo de reassentamento das populações que vivem no interior do Parque Nacional de Limpopo (PNL), precipitando que, nos últimos tempos, a caça furtiva recrudesça na província de Gaza, um cenário que já esta a deixar os governantes preocupados, principalmente num momento que Moçambique se encontra numa larga campanha de repovoamento das áreas de conservação da fauna bravia. (Omardine Omar)
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