INTEGRITY – MOÇAMBIQUE, 06 de Setembro de 2022 – Alfabetizadores em Manica queixam-se da insuficiência de alunos porque os alfabetizandos continuam a priorizar as suas machambas em detrimento de se dirigirem a um centro de alfabetização e educação de adultos.
Segundo as fontes, tem sido um calcanhar de Aquiles aturar os adultos inscritos aos programas de alfabetização e educação de adultos uma vez que dizem que não podem morrer à fome só por causa de aulas.
“Tenho a dura missão de andar de casa em casa, no sentido de convencer as mães para voltarem à escola e, muitas vezes, os filhos me dizem que estão na machamba”, afirmou Maria Sate, alfabetizadora em Chimoio. A maior parte da população do distrito de Vanduzi tem como o seu dia-a-dia a actividade agrícola. Por isso, dar aulas de alfabetização naquele ponto da província não tem sido tarefa fácil.
“Tenho andado de machamba em machamba a procurar as minhas alunas, muito mais quando chega o período de exames, que coincide com o pico de produção agrícola, uma tarefa que não tem sido fácil”, disse Fátima Sede, alfabetizadora em Belasse, no distrito de Vanduzi.
Outro constrangimento prende-se com os subsídios mensais dos alfabetizadores que continua na tabela de 650 meticais mensais e pagos trimestralmente.
“Com o custo actual de vida, não faz sentido termos 650 meticais mensais e o Governo prometeu 2 mil meticais por mês, mas até hoje nem água vai nem água vem, ora não é fácil dar aulas a um adulto com suas preocupações e muito mais ainda com dificuldades de material didático”, afiançou Isac Alberto, alfabetizador em Gondola.
Na província de Manica, nos últimos 5 anos, os índices de analfabetismo baixaram de 34 para 28.9%. (Pedro Tawanda em Manica para IMN)
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