A instalação de postos de controlo nas principais vias de acesso à vila e no centro, incluindo o mercado local, reforça essa actuação. Além de suas funções de segurança interna, a Força Local também participa de operações militares ofensivas e defensivas contra insurgentes nas áreas vizinhas, muitas vezes em colaboração com as Forças Armadas de Moçambique (FADM) e tropas ruandesas.
No entanto, a relação entre a Força Local e as FADM é marcada por tensões, com acusações mútuas de indisciplina e comportamentos inadequados.
A Assembleia da República aprovou, no final de 2022, a integração da Força Local nas Forças de Defesa e Segurança, estabelecendo uma cadeia de comando que se reporta ao Chefe do Estado Maior-General das FADM.
Essa mudança trouxe responsabilidades legais para o Estado sobre as ações da Força Local, que agora conta com remuneração mensal para seus membros, consolidando seu papel na estrutura de segurança do país.
As implicações dessa integração são profundas, pois permitem ao Governo mobilizar e desmobilizar a Força Local conforme necessário, enquanto a população observa uma transformação na dinâmica de segurança na região.
Estas anotações constam de um estudo do Centro de Integridade Pública (CIP) que analisa a situação de segurança no sul do rio Messalo, província de Cabo Delgado, que esta semana foi publicado por aquela organização não governamental moçambicana. (Integrity)