Trata-se de Daudo António Costa. O estudante propôs a solução para garantir a saúde dos cidadãos, pois dados da Organização Mundial da Saúde avançam que, anualmente, pelo menos 17 milhões de pessoas contraem AVC no mundo. E que um em cada seis indivíduos terá a doença ao longo da sua vida.
De salientar que esses dados já se fazem sentir na Cidade de Maputo. Hospitais como o Central de Maputo e o Geral de Mavalane chegam a registar pelo menos dez pessoas com a doença por dia.
É olhando para estes números e os casos registados na sua família que Daudo Costa decidiu associar os conhecimentos que possuem sobre a Engenharia electrónica para criar um acessório voltada à vigilância à saúde dessas pessoas, tanto no sentido de monitoria e detenção da doença.
“Na minha família meu avô, tio e primo foram diagnosticados com esta doença. Percebi que nos hospitais por dia recebem mais de seis pessoas com AVC. Diante disso pensei no que podia oferecer como forma de contornar esse cenário, então comecei a ver os parâmetros técnicos da engenharia e medicina e percebi que era possível fazer isso”, contou.
Em relação ao funcionamento da pulseira, Daudo avança que a mesma está desenhada para através dos sinais vitais, emitidos pelo organismo, analisar a probabilidade de um indivíduo contrair o AVC. Caso a pessoa já tenha a doença, o dispositivo poderá fazer o controle da mesma.
“Geralmente as pessoas com essa doença ficam a mercê da sua sorte e a lotação nos hospitais não ajuda muito. Imagina ter um acessório com o qual podemos, automaticamente, fazer o acompanhamento, em tempo real, de toda a sua actividade e poder alertar os seus familiares caso a pessoa passe mal, ajudaria bastante”, afirmou.
Para materializar o projecto Daúdo refere que necessita de uma quantia de no mínimo cinquenta mil meticais para a construção do primeiro protótipo físico, pois depois de um estudo constatou-se que o acessório é funcional e passível de implementação.
“Precisamos de pequenos componentes electrónicos que associados vão fazer a monitorização e diagnóstico do AVC, para tal necessito de financiamento para poder corporizar a ideia. Conversei com especialistas na área e consubstanciaram que é possível e seria de muita valia”, garantiu.
De referir que não é a primeira vez que este estudante apresenta soluções tecnológicas para os problemas actuais. Em 2022 construiu um semáforo inteligente e uma bateria ecológica carregável através da luz solar. (Ekibal Seda)