Segundo Daniel Chapo, se o País quiser trilhar pela rota do desenvolvimento, a primeira prioridade é estancar a insurgência e devolver a paz na região de Cabo Delgado, condição considerada “sine qua non” para a materialização dos projectos estruturantes de desenvolvimento.
Para o candidato da FRELIMO, o terrorismo tem dias contados e se for eleito no dia 09 de outubro nas eleições gerais, tudo fará para que a acção dos insurgentes chegue ao fim.
A convicção do Chapo decorre dos esforços em cursos para acabar com o terrorismo que atormenta a província de Cabo Delgado desde 2017, com um saldo de mais de dois mil mortes, mais de um milhão de deslocados internos, para além de um rasto de destruição de infraestruturas públicas e privadas.
Segundo o candidato da FRELIMO as eleições gerais do presente ano, da mesma forma que o País se livrou do jugo colonial, um sistema opressivo contra o povo, da guerra dos 16 anos contra a Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO), hoje o principal partido da oposição, dos ataques perpetrados pela Junta-Militar da Renamo, na altura liderada pelo rebelde, Mariano Nhongo, também o terrorismo vai chegar ao fim.
“O primeiro objectivo da governação é trabalhar para acabar com o terrorismo usando todos os meios disponíveis para devolver a paz. A paz é a condição para o desenvolvimento, sem a paz não há como Cabo Delgado desenvolver”, disse Chapo no seu último comício realizado hoje na cidade de Pemba, capital provincial.
De acordo com Chapo, a paz vai permitir a reconstrução da província, sobretudo nos distritos onde a insurgência destruiu infraestruturas. “Com a paz vamos reconstruir as vias, as escolas, os hospitais e outras infraestruturas essenciais”, vincou.
Considerou a província nortenha de Cabo Delgado rica em recursos minerais e hidrocarbonetos, prometendo colocar as receitas provenientes da exploração dos mesmos, para melhorar a vida das populações desta província, sobretudo nos locais onde ocorre a exploração efectiva.
Entende que, as empresas que estão em Cabo Delgado para a exploração dos recursos serão persuadidas a trazer a indústria para a transformação da matéria prima a nível local, como forma de agregar valor aos produtos extraídos e criar emprego para a juventude local.
Defendeu que há necessidade de uma maior aposta no conteúdo local no âmbito da exploração do gás e petróleo de Cabo Delgado, para permitir criar dinâmicas na economia através do sector privado, onde as micro, pequenas e médias empresas possam assumir protagonismo necessários.
“Está província é rica em hidrocarbonetos, rubis, ouro, grafite, entre outros. O que vamos fazer é garantir que as receitas sejam utilizadas para desenvolver as comunidades onde ocorrem os recursos. Queremos que a riqueza seja desta província seja sentida pelo povo”, vincou.
No âmbito da sua visão de capitais temáticas, Chapo entende que, a província de Cabo Delgado, considerada a terceira maior baía do mundo, pode ombrear com a província de Inhambane, zona sul, o estatuto de capital turística de Moçambique.
“Nós, entendemos que Cabo Delgado, com as suas ilhas, praias, reservas, cotadas, entre outras maravilhas, pode ser considerada a capital do turismo”, enfatizou.
O candidato da FRELIMO sai de Cabo Delgado com a sensação de missão cumprida, depois de ter escalado em quatro dias nove distritos, nomeadamente: Mocímboa da Praia, Muidumbe, Mueda, Montepuez, Balama, Ancuabe, Namuno, Chiúre e Cidade de Pemba. (IMN)