Representante do partido PODEMOS, sublinhou que o manifesto da sua formação política é norteado pela justiça social e igualdade de oportunidades. “Os jovens são frequentemente usados durante as campanhas, mas, quando chega o momento da tomada de decisões, são simplesmente ignorados. Defendemos que tem de ser a juventude a dirigir os destinos deste país, e é isso que o nosso manifesto propõe”, declarou, enfatizando a importância de incluir os jovens na governança.
Já Victor Fazenda, gestor de projectos do IMD, destacou que as prioridades da juventude foram abordadas de maneira superficial pelos partidos. “Embora os manifestos contemplem algumas necessidades dos jovens, essas questões não foram suficientemente aprofundadas, considerando a complexidade dos desafios que esta camada enfrenta no país, como o acesso a uma educação de qualidade”, afirmou.
O Parlamento Juvenil expressou preocupação com a ausência de jovens como candidatos a cargos relevantes nas eleições, incluindo a presidência. “Isso é reflexo da estruturação dos partidos, que privilegiam os mais velhos. Precisamos ver nos manifestos, respostas claras a questões como acesso à terra e à habitação para a juventude”, defendeu o representante, apelando por uma abordagem mais inclusiva e menos discriminatória.
Para Renato Muelega, representante do MDM, é urgente criar um fórum onde os jovens possam debater as suas prioridades e organizar-se para uma maior participação nos processos decisórios. “Precisamos de um espaço onde possamos nos unir e trabalhar juntos para que a nossa voz seja ouvida na governação do país”, concluiu.
Portanto, estas intervenções revelam um descontentamento geral entre os jovens em relação aos actuais manifestos eleitorais e reforçam o apelo por uma inclusão real e significativa das suas prioridades nas políticas públicas. (Bendito Nascimento)