Lídia Dumangane acusa o banco de práticas abusivas, incluindo agressões verbais, ameaças de demissão e condições de trabalho que impactaram negativamente sua saúde. Em janeiro de 2024, foi diagnosticada com anemia, que, segundo sua defesa, foi agravada pela falta de alimentação adequada em decorrência do excesso de trabalho. Após solicitar a redução de suas tarefas, a gestão do banco respondeu de forma insatisfatória, levando a uma série de transferências de departamento que não melhoraram sua situação.
O cerne do caso envolve um incidente em agosto de 2023, quando Lídia e colegas do sector de Private Banking confrontaram sua superiora, Xissangue Massamba, em uma reunião marcada por gritos e ameaças. A situação se agravou quando Lídia recebeu uma avaliação negativa de desempenho, que contestou em várias instâncias, mas que não foi devidamente abordada pela gestão.
A defesa, liderada por Isálcio Mahanjane, afirma que a maneira como a disputa sobre a avaliação foi tratada carece de transparência, com a inclusão de alegações infundadas que prejudicaram a imagem profissional da Dumangane. Ressalta que sempre cumpriu suas funções com excelência, tendo sido reconhecida pela criação de projectos inovadores no banco.
Este julgamento ocorre em um contexto de crescente escrutínio sobre as práticas do Standard Bank, que recentemente enfrentou um relatório de inspeção revelando abusos. A sociedade civil e os órgãos de comunicação estão atentos ao caso, pois o resultado do julgamento pode ter implicações significativas para os direitos dos trabalhadores e para a transparência nas práticas bancárias em Moçambique. (Bendito Nascimento)