O caso deu-se no dia 25 de setembro, cerca das 16h20, na cidade de Maputo, concretamente nas imediações do Hospital Psiquiátrico de Infulene, contra a Meritíssima Juíza, a Dra. Angélica Mutisse, abordada por um Agente da PRM, devidamente fardado, visivelmente embriagado, que exigiu que a magistrada parasse a viatura. De seguida, exigiu a entrega dos documentos e ainda que a Meritíssima abrisse o porta malas da viatura. O agente era, na ocasião, portador de uma arma, aparentemente fora das usadas pela corporação, apontada contra a cabeça da magistrada num tom totalmente ameaçador.
Estes actos só terminaram quando a magistrada se refugiou para o interior do Hospital, onde com o apoio doutros membros da PRM, em serviço no local, foi possível a detenção daquele agente.
Este acto macabro não atenta somente a magistrada em causa, mas, a todo o sistema judiciário, no geral.
Mais ainda, demonstra a vulnerabilidade a que esta classe de profissionais está sujeita, não somente no exercício das suas funções, mas também, na sua vida privada.
Desta feita, a AMJ repudia veementemente este atentado macabro contra o seu membro e encoraja a todas as forças vivas da nação moçambicana que continuem a combater este e outros actos que atentem à segurança das pessoas e seus bens. (NOTA DE REPÚDIO)