Durante o seu discurso, Guebuza foi enfático ao afirmar que a unidade nacional não deve ser apenas um tema de discursos públicos, mas algo que se pratica diariamente. “Nunca é suficiente. Não fiquemos satisfeitos com o facto de alguém vir ao público e falar de unidade nacional. Unidade nacional não se fala só. Sobretudo, pratica-se. Convive-se. Aprenda-se uns com os outros”, destacou.
Para o ex-estadista, a unidade nacional é essencial para a garantia da integridade territorial e a inviabilidade das fronteiras do país. “A paz é uma conquista de todos os dias”, disse, acrescentando que a sua manutenção resulta de uma negociação contínua entre as prioridades nacionais, tanto em contextos políticos como económicos.
Guebuza também ressaltou que o desenvolvimento do país deve ser inclusivo, abarcando todas as regiões, tanto urbanas quanto rurais, sem distinções de género, etnia ou origem. Segundo ele, não há dignidade sem serviços de saúde e educação de qualidade, sem acesso à energia elétrica e água potável, e, acima de tudo, não há dignidade na miséria.
“A unidade nacional é a argamassa, o esteio da nossa nação. Foi a arma principal da nossa luta contra o colonialismo, e, sem ela, a vitória teria sido impossível”, reforçou Guebuza, destacando que o país deve continuar a valorizar a convivência entre diferentes etnias e tribos para fortalecer a sua identidade nacional.
O ex-presidente terminou o seu discurso apelando à vigilância permanente para preservar as conquistas da independência e garantir que Moçambique continue a ser motivo de orgulho para as gerações futuras. “A inviolabilidade das nossas fronteiras e a integridade da nossa nação não devem ser vistas nunca como um dado adquirido. Este é um bem que deve ser continuamente protegido e honrado.”
A palestra foi parte de uma série de eventos para celebrar o 25 de setembro, data que marca o início da luta armada pela independência e o dia em que se homenageiam as Forças Armadas de Defesa de Moçambique. (Bendito Nascimento)