Os OLPs chegaram a Maputo a 9 de setembro e receberam uma capacitação de três dias. “Uma vez no terreno, os observadores reunir-se-ão com todos os interlocutores envolvidos no processo eleitoral, tais como autoridades locais, instituições eleitorais, candidatos, meios de comunicação, e com representantes da sociedade civil”, explicou à imprensa a chefe adjunta da Missão Margarida Alves numa intervenção mediática durante o evento.
“Os observadores irão reportar à equipa Central basada em Maputo, e essa informação factual recolhida será a base para uma declaração preliminar, apresentada em conferência de imprensa em Maputo no prazo de dois dias após o dia da eleição”, acrescentou.
Margarida Alves referiu ainda: “Nós temos uma metodologia de observação consistente que tem vindo a ser testada nos últimos 20 anos. Somos imparciais e tentamos fazer uma análise abrangente do processo eleitoral”.
Questionada sobre uma suposta crítica à dualidade de critérios de análise da UE de processos eleitorais em diferentes países, tendo como exemplo a Venezuela e as eleições autárquicas de 2023 em Moçambique, a chefe adjunta da Missão repisou que: “A nossa metodologia não permite comparar eleições entre países. Nas eleições autárquicas do ano passado em Moçambique, a União Europeia não destacou nenhuma missão da observação eleitoral. Porém, uma das nossas recomendações de 2019, em que tivemos uma missão completa, remete à publicação dos editais originais das mesas de voto e acessíveis para todos. Reitero que é uma excelente recomendação porque procura contribuir para uma maior transparência e credibilidade do processo eleitoral”.
No dia das eleições, a Missão de Observação Eleitoral da UE será composta por mais de 150 observadores dos 24 Estados-Membros da UE, da Noruega e da Suíça.