Esta proposta surge num contexto de maior envolvimento dos Estados Unidos em África, numa disputa pela liderança no continente com a China. O Ex-Im tem sido alvo de críticas, especialmente após uma auditoria que apontou a falta de uma estratégia clara para o crescimento na região. Apesar disso, o banco tem mantido a sua missão de apoiar o emprego nos Estados Unidos através de financiamentos que favorecem exportadores americanos.
Em 2020, o Ex-Im já havia investido 4,7 mil milhões de dólares no projecto de GNL da TotalEnergies em Moçambique, um projecto que foi interrompido por ataques insurgentes. Apesar de os riscos de segurança terem sido alertados previamente, a violência na região obrigou à suspensão das obras. Agora, com a segurança a melhorar, há expectativas de que a construção possa ser retomada até ao final do ano.
O projecto Coral South, também da ENI, já está em operação desde 2022 e envolve várias empresas internacionais. O Coral North será desenvolvido com uma abordagem semelhante, através de uma embarcação offshore que reduzirá os riscos de segurança. Empresas como a Exxon Mobil e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique estão entre os principais parceiros.
Para além dos benefícios económicos para Moçambique, o Ex-Im de acordo com a Blomberg citado pelo O Económico, realçou que este financiamento servirá para apoiar o emprego nos Estados Unidos, alinhando-se com o objectivo do banco de fortalecer a economia americana através da promoção das exportações. Assim, o projecto Coral North pode beneficiar tanto Moçambique como os seus investidores internacionais. (Bendito Nascimento)