O programa de formação militar da União Europeia, lançado em 2021, teve como objectivo fortalecer as estratégias de combate ao terrorismo em Cabo Delgado. A missão, que terminou oficialmente esta quarta-feira com o hastear da bandeira da União Europeia pela última vez, formou cerca de 1.800 soldados moçambicanos ao longo de três anos.
Durante o evento, Mangrasse destacou a importância do apoio europeu para alcançar a estabilidade na região. “A situação em Cabo Delgado está controlada. As actividades estão a decorrer com naturalidade, e nós estamos preparados para continuar a garantir o sossego necessário para Moçambique e seus cidadãos”, afirmou o chefe militar.
Apesar de relatos sobre funcionários públicos que ainda abandonam algumas áreas afectadas pela insurgência, Mangrasse sublinhou que a província está a caminho do desenvolvimento, fruto dos ganhos operacionais obtidos nas operações militares.
“A minha missão é conduzir as operações, e esses ganhos permitem que o desenvolvimento prossiga”, acrescentou Mangrasse.
João Gonçalves, Comandante da Força de Treino da União Europeia, também ressaltou os desafios enfrentados no combate ao terrorismo, destacando que a formação dada aos soldados moçambicanos os preparou melhor para enfrentar essa ameaça. “O impacto foi positivo, pois preparamos os soldados para lidar com uma realidade dura, sem regras ou escrúpulos”, afirmou Gonçalves citado pelo O país.
Com o encerramento da missão de treino, inicia-se agora uma nova fase de assistência militar, dando continuidade ao apoio estratégico à segurança em Cabo Delgado. (Bendito Nascimento)