Em particular, em Homoine, professores optaram por suspender as actividades escolares para apoiar o candidato presidencial Francisco Chapo. Esta decisão gerou descontentamento significativo entre alunos e pais, que expressaram frustração por verem as suas aulas canceladas e pediram que os professores priorizem suas responsabilidades educacionais, conforme relata o CIP Eleições.
Em Inhambane, a situação foi semelhante, com muitas instituições estatais praticamente desertas enquanto funcionários participavam de um comício de Daniel Chapo. A ausência dos funcionários compromete a operação normal dos serviços públicos, evidenciando uma interferência política nas funções essenciais do Estado durante o período que Daniel Chapo permaneceu naquele ponto do país.
Já na Zambézia, quatro professores do Instituto de Formação de Professores de Alto Molócuè foram inicialmente notificados sobre sua transferência por não participarem nas campanhas eleitorais da FRELIMO. No entanto, a ordem de transferência foi cancelada sem explicação, embora os professores ainda enfrentem preocupações com a segurança pessoal. O retorno dos professores ao instituto não dissipou completamente o temor sobre possíveis represálias.
Além disso, alunos da Escola Secundária e do Instituto de Formação de Professores de Alto Molócuè, citados pelo CIP Eleições, relataram pressão para participar de eventos políticos promovidos pela Frelimo. Os tais relatos indicam que os estudantes foram forçados a usar roupas da campanha e a comparecer a eventos políticos, sob ameaça de reprovação acadêmica se não colaborassem. (Bendito Nascimento)