“Sabemos os nomes de alguns deles. Devem entregar-se agora, porque a paciência está a acabar e pode ser tarde, porque já terão destruído muita coisa”, declarou o presidente, conforme reportado pela Lusa.
Este pronunciamento foi feito no contexto das celebrações do 50.º aniversário dos Acordos de Lusaka, que foram assinados em 7 de setembro de 1974 entre a Frente de Libertação de Moçambique e o governo colonial português, como parte do processo de independência que se concretizou em 25 de junho de 1975. Durante a cerimônia, Nyusi também prometeu que, no dia 25 de setembro, quando se celebra o Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), poderá divulgar novamente os nomes dos líderes dos insurgentes, seguindo a prática de ocasiões anteriores.
Além de abordar a crise em Cabo Delgado, Nyusi fez questão de reconhecer o papel dos veteranos da guerra colonial. Ele elogiou os veteranos que, apesar da idade avançada, retomaram as armas para ajudar na luta contra os insurgentes em Cabo Delgado. Esses veteranos foram descritos como uma “força local” crucial no esforço de combate aos rebeldes, segundo informações da Lusa.
O presidente também se concentrou nos avanços que o país alcançou desde a independência. Destacou melhorias em áreas como educação, saúde e infraestrutura, mencionando a expansão da rede de energia, água e cuidados de saúde. “Hoje, Moçambique é uma nação em constante evolução, registando avanços em várias áreas”, afirmou Nyusi, sublinhando a resiliência do país frente a desafios contínuos.
No entanto, Nyusi não deixou de reconhecer os desafios persistentes, como conflitos armados e calamidades naturais, que ainda afectam Moçambique. Frisou a importância de garantir um desenvolvimento sustentável e a consolidação da paz como prioridades essenciais para o futuro do país.
Durante as celebrações do 50.º aniversário, Nyusi condecorou 1.572 veteranos da luta de libertação nacional, em reconhecimento pelo seu papel na luta contra o colonialismo português. Descreveu o sacrifício desses nacionalistas como uma “dívida impagável” e ressaltou a importância dos Acordos de Lusaka na trajetória de independência de Moçambique.
A Lusa também relatou que, apesar dos desafios actuais, o país tem mostrado avanços significativos desde a sua independência. A cerimônia de condecoração dos veteranos será um momento importante para reforçar o reconhecimento do seu papel na construção da nação. (Bendito Nascimento)