Esta Organização Não-Governamental (ONG) explica que as chuvas torrenciais e as inundações das últimas semanas obrigaram as pessoas a procurarem refúgio. Do total 649.184 são do Níger, 225.000 da Nigéria e 73.778 no Mali.
“Centenas de milhares de crianças enfrentam doenças, fome causada pela destruição das culturas e a interrupção da escolaridade, com escolas agora ocupadas por famílias em fuga ou danificadas pelas inundações”, avisou a ONG.
No Níger, cujo território foi totalmente afectado, 273 pessoas morreram e mais de 700 mil foram afectadas desde o início da estação das chuvas em junho, segundo o Governo.
Na Nigéria, 29 dos 36 estados do país, principalmente no norte, foram atingidos pela subida das águas do rio Níger e do seu afluente Benue causando a morte de mais de 200 pessoas.
Por último, no Mali, onde o Governo declarou o estado de catástrofe nacional depois de as inundações terem provocado dezenas de mortos, quase metade dos desalojados são crianças.
A directora regional de comunicação da Save the Children para a África Ocidental e Central, Vishna Shah-Little, referenciou que para além das intempéries, estes países já são devastados por conflitos e insegurança o que piora a situação.
No seu entender este tipo de condições meteorológicas extremas está a tornar-se mais frequente e mais severo devido à crise climática. (IMN)