Trago este posicionamento porque nos últimos dias, no âmbito da campanha eleitoral, tenho percorrido de Maputo até alguns distritos da região norte do País por via terrestre e a situação é extremamente deplorável e inadmissível – até parece um País sem governo.
Pelo percurso constata-se obras iniciadas e interrompidas de forma desajustada e buracos enormes que parecem esconderijos para combates armados. Em outros locais, encontram-se posicionadas empresas dirigidas por chineses que estão a remendar as estradas com alcatrão preparado em panelinhas e quando tentamos ter uma explicação sobre o que estava a acontecer por ali, o homem corre para a sua motorizada e colocasse em fuga, tudo porque não podia conceder uma explicação a imprensa.
É verdade que na semana finda, o Ministro Carlos Mesquita anunciou o lançamento oficial do concurso para reabilitação e ampliação da EN1, um evento considerado como político em vários quadrantes da opinião pública, uma vez que nos encontremos num período de campanha eleitoral e o partido no poder irá usar todos os meios para justificar o fim – vencer as eleições gerais, legislativas e provinciais.
A situação na EN1 é cataclísmica e chega a irritar, e a levantar diversos questionamentos sobre o porquê estávamos naquela situação sendo um País independente, soberano e com um governo dirigido por moçambicanos de gema. É uma situação que não merecemos enquanto filhos desta pátria – precisamos que o governo seja mais sensível à situação da EN1 e outros problemas que assolam este País. Não podemos continuar a ver que de Maputo e Inhambane anda-se à vontade e de Save para Zambézia é um autêntico martírio, ou seja, até parece que estamos em países diferentes.
Contudo, senão conseguem resolver o problema atempadamente, então vamos mobilizar os mais de 32 milhões moçambicanos para em conjunto taparmos os buracos, covas, crateras e valas que se encontram na EN1 e outras vias de acesso municipais, provinciais e nacionais. (Omardine Omar)