O Décimo Informe anual de Nyusi, diferente dos habituais, que normalmente têm sido a princípio nos finais dos anos, este realiza-se no meio do ano devido as eleições gerais, legislativas e das assembleias províncias a serem realizadas no dia 09 de outubro.
Filipe Nyusi poderá fazer o balanço dos assuntos relacionados com o DDR cujas negociações tiveram início durante o seu mandato; onde poderá também trazer pontos relacionados com a Tabela Salarial Única (TSU), que levantou diversas vozes inconformadas na função pública, tendo sido por diversas vezes reorganizada de modo a encontrar uma conformidade a nível dos funcionários públicos.
O terrorismo em Cabo Delgado não deverá ficar sem ser referenciado, tomando em conta a situação que se vive no País. Um fenômeno que começou durante o seu mandato, timidamente em outubro de 2017, tendo tomado a forma radical muito rápido. E para tentar colmatar a situação, o governo de Nyusi meteu-se em acordos controversos com o Ruanda de Paul Kagame para o apoio com a força militar.
A questão dos raptos, que marcaram o mandato de Nyusi. Tendo mais enfoque nestes últimos dias, principalmente na cidade de Maputo, onde a cada semana é sequestrado um empresário, poderá ser um ponto do informe de Filipe Nyusi.
Contudo, o informe acontece num período de fortes ameaças de greves, tanto dos Juízes que possivelmente poderão fazê-lo a partir da sexta-feira (09 de agosto) e os Magistrados do Ministério Público que ameaçam também entrar na onda caso o seu caderno reivindicativo não seja observado. (Bendito Nascimento)