E para evitar que tais lugares fossem evadidos, e manter a edilidade mais próxima dos munícipes, o município colocou estruturas que representassem o município ao nível dos bairros, neste caso, para o referido bairro, foi indicada a Chefe dos Serviços Municipais, e no lugar de representar o município e de promover desenvolvimento no bairro, viu um grande negócio no terreno do futuro hospital, tendo fechado o negócio por 500 mil meticais, ignorando o plasmado na Lei de Terras de que em Moçambique, a terra é propriedade do Estado, e a sua venda constitui um crime.
A referida negociante, usava da sua posição de relevo, como representante do município para dar mais credibilidade as suas actividades para vender terrenos naquela parte do Município da Matola, e o mais caricato, inclui espaços destinados a implantação de serviços públicos.
O Integrity Magazine entrou em contacto com a referida senhora dos negócios de terra, esta por sua alegou estar doente, e não podia dizer nada naquele dia por conta de sua situação. Passados quatro dias, és que de novo é contactada a senhora, esta de novo nega falar, alegadamente porque continuava doente, mesmo a insistência de apenas confirmar com um SIM ou NÃO, a senhora recusou dizer qualquer coisa.
Para ter mais substância, o Integrity Magazine procedeu o mesmo para a antiga chefe de Posto (que ainda continua funcionaria do Município), ou seja, superintendente da zona em que ocorreu o negócio, esta por sua vez, negou o seu envolvimento no negócio de terras, mesmo a conhecendo, e inclusive esteve junto com ela minutos antes da nossa reportagem contactá-la.
Esta chefe, apenas é um dos exemplos de vários outros que usando da sua posição de representantes do município ao longo dos bairros, fecham negócios sem se quer importar-se com as causas sociais. Por exemplo, o bairro de Siduava conta agora com uma infraestrutura obsoleta aonde funciona os serviços de saúde, e o negócio de 500 mil pode ter matado a possibilidade de construção de infraestrutura hospitalar digna futuramente.
De acordo com fontes, o negócio das terras da chefe dos serviços municipais do bairro Siduava, não foi só exclusivo para o espaço reservado à construção do Centro de Saúde, mais outros terrenos também, incluindo de recreação, em conluio com o fiscal do município. Portanto, minando o sonho dos que usam as vias legais para obter terrenos para fixar residências e construir famílias ou estabelecimentos de diversas características.
De referir que no mês de maio, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) neutralizou uma quadrilha supostamente envolvida no negócio de venda de terra no município da Matola, província de Maputo, tendo burlado cerca de 50 pessoas. (INTEGRITY)