Conforme o governante, a verba serviu também para fomentar a criação de mais postos de trabalho naquele sector e impulsionar a arrecadação de receitas, permitindo investimentos adicionais em infraestruturas e serviços públicos.
Maleiane afirmou que a descoberta do gás em Moçambique trouxe inúmeras vantagens, tornando o País mais atractivo para os investidores internacionais que procuram por mais oportunidades.
“Para além da área de GNL, o banco tem concedido financiamento para os sectores da agricultura, energia, transporte, logística, assim como para o fomento, processamento e exportação de cereais em grãos, com maior destaque para a castanha de caju, milho e gergelim”, descreveu.
O dirigente destacou que, apesar dos desafios causados pelas mudanças climáticas extremas e os conflitos geopolíticos da Ucrânia e na Palestina, o Executivo tem se “desdobrado junto de outras instituições financeiras para alavancar o crescimento económico do País”.
Segundo foi informado pela Lusa, este aumento nas receitas contrasta com os 21,5 mil milhões de meticais (340,9 milhões de dólares) registados no mesmo período de 2023.
De acordo com o documento do BdM, “o aumento nas receitas do gás natural resulta do acréscimo do volume exportado associado ao início da exploração e exportação do gás da Área 4 da Bacia do Rovuma, apesar de o preço médio no mercado internacional ter registado uma queda de 43,5%”.
Dois desses projectos têm maior dimensão e preveem canalizar o gás do fundo do mar para terra, arrefecendo-o numa fábrica para depois o exportar por via marítima em estado líquido.
Um é liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) e as obras avançaram até à suspensão por tempo indeterminado, após o ataque armado a Palma, em março de 2021, altura em que a energética francesa declarou que só retomará os trabalhos quando a zona estivesse segura. O outro é o investimento ainda sem anúncio à vista liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).
Um terceiro projecto concluído e de menor dimensão pertence também ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás para exportação, directamente no mar, que arrancou em novembro de 2022. (DE)