A ideia é promover a cultura de paz no seio daqueles que desde que saíram das matas viram as promessas feitas pelo governo e outros actores políticos a cair em terra e com isso a viverem de incertezas no seu quotidiano.
Para além dos beneficiários do projecto do DDR, participam do evento líderes comunitários, membros da sociedade civil, actores políticos e a comunidade que para além de uma capacitação sobre a manutenção da paz expõem os seus produtos agrícolas no local.
Carvalho Cumbe do Instituto Para a Democracia Multipartidária (IMD) disse que a feira e a formação ocorrem em um momento crucial para Moçambique. Após anos de conflito e desafios, a busca pela paz e reconciliação continua a ser uma prioridade nacional.
“A nossa presença aqui hoje é uma prova do nosso compromisso colectivo com a construção de um futuro de harmonia e cooperação, as actividades que nos propusemos a realizar hoje pretendem contribuir para a consolidação da paz e reconciliação em Moçambique através de três frentes principais.
A primeira, consistirá na promoção de um espaço de diálogo entre as entidades governamentais e grupos de cidadãos interessados em registar associações, bem como identificar esses cidadãos para apoiá-los.
A segunda, será dedicada a aprendizagem sobre paz e reconciliação a partir de temas como democracia e participação, desenvolvimento local e inclusão e construção de paz e reconciliação.
Por último, a terceira, queremos propor um espaço chamado círculo de reconciliação, e “será dedicada à construção de novas narrativas sobre paz e reconciliação, através de uma conversa entre os participantes sobre suas percepções em relação a paz e reconciliação em Moçambique”, explicou.
A feira sobre a paz e reconciliação em Moçambique enquadram-se no projecto PRO-PAZ- Cultura para a promoção da paz, reconciliação e coesão social implementado pelo Consórcio constituído por IMD, CISP, IVERCA e LE MUSICA, com vista a contribuir na reconciliação nacional e conta com o financiamento da União Europeia. (Pedro Tawanda)