“Todas as pessoas saíram, só ficaram crianças, porque na quarta-feira (24.07) a ideia era que vamos ouvir o que os ruandeses vão dizer, uma vez que eles já estão aqui então quando agente chegou, falam de eleições, as pessoas saíram logo”, disse Sabila Ussene, um dos participantes.
Segundo as fontes, tudo acontece porque a população está alegadamente “cansada” pela forma como os dirigentes e as Forças de Defesa e Segurança (FDS) tratam as pessoas no lugar de estabelecer boas relações.
“Se não tivessem falado dos ruandeses ninguém iria, porque os nossos dirigentes aqui não fazem nada, foi por isso que as pessoas deixaram entre os chefes. Nós queremos paz, por isso era desejo que viessem os ruandeses, e estão aqui, esses da UIR e FADM a tirarem todos”, acrescentou mais um residente daquela vila.
Os sinais de deficiente relação entre as autoridades e a população evidenciaram-se no dia 9 de julho, quando uma fúria popular matou pelo menos quatro elementos das Forças de Defesa e Segurança em resposta à morte de um civil no dia anterior. Nessa altura, por um comunicado as FADM suspeitaram que o morto fosse um terrorista.
Para reter os participantes, inicialmente a cerimônia de lançamento da educação cívica, a que os dirigentes de Macomia propagaram que seria uma conversa com os ruandeses, diversas actividades foram feitas com destaque às danças tradicionais. (Mussa Yussuf)