Os entendidos em matérias de direito eleitoral digladiam-se diariamente procurando ter razão num processo que quanto mais se aborda, mas os envolvidos no debate ficam enfurecidos e com mensagens agressivas, e promessas de retaliação caso a candidatura da CAD para as eleições legislativas e provinciais, caia.
A exclusão da CAD pode ser um vector de violência e instabilidade urbana e rural, principalmente num País flagelado de conflitos e crimes hediondos. Os órgãos eleitorais não devem ser promotores de conflitos e espírito de discórdia entre os moçambicanos que já cansaram de tudo e procuram um Salvador que lhes guie para um novo rumo e neste momento não existem condições para que tenhamos mais Cabo Delgados pelo País.
Todos os envolvidos na organização das eleições do presente ano devem ser protectores e promotores da paz. Um bem nacional e um património necessário para continuar a luta pela manutenção da unidade nacional e construção da moçambicanidade. O povo moçambicano precisa que todos os interessados em concorrer nas eleições sejam aceites e tratados da mesma forma para que o espírito de união e de pretensa possa prevalecer.
Não precisamos de mais sangue nas ruas, simplesmente porque os órgãos eleitorais decidiram erradamente ou de forma propositada e com razões vingativas excluir um grupo do processo em que o que está em jogo é o futuro de todos nós, ou seja, são as nossas vidas – o maior valor de um ser animado! (Omardine Omar)