Por: Abudo Gafuro Manana
Quando quer ir para Palma sobe avião e chega lá entra num carro de alta cilindrada e vai numa comunidade que sente que os recursos é uma maldição, isso porque lhes retirou a Paz e liberdade que vinham tendo desde dos tempos. É um problema para se resolver urgentemente.
Às comunas estão a viver incertezas dia e noite. E vê os seus filhos marginalizados ou excluídos de oportunidades de emprego. O que pensar?
E o mais agravante é chegar lá nas comunas e falar português forte sem querer ir 50/50 línguas locais para melhor percepção do circuito.
Há uma necessidade e mais de se deslocalizar às instituições que estão operar na província de Cabo Delgado. Devem ter escritórios em Pemba.
Estarem devidamente inscritos no FOCAD. Organizarem-se em grupos temáticos. Estarem a trabalhar em equipe e não de forma dispersa como cerca de 3/4 das organizações que estão a fazer o mesmo assunto ou implementação e não estão a coordenar. É preciso que se coordenem todas as organizações locais e internacionais.
Trabalharem juntos e evitar o protagonismo (e problemas estomacais), escamotear relatórios descritivos de pequenos e colarem um pouco de informação e anexar relatórios financeiros para poder justificar aos doadores e no terreno não é o que se vê.
É preciso ter coragem de usar a legislação Moçambicana e aplicar às Leis que este país tem. Responsabilização, transparência e preocupação de contas. Quando se está a trabalhar nas comunas é preciso que se tenha um plano de cumprimento da meta.
Não é uma questão de falar a toa ou chamar atenção para quê põe a mão na consciência. A guerra um dia irá acabar e não teremos nada de especial para mostrar que isto ou aquilo para construir depois deste momento difícil.
Ouvimos falar sobre reconstrução e não reabilitação que se está a assistir um pouco mais nos distritos vítimas dos ataques dos grupos não estatais. Às instituições de justiça terão muito trabalho pela frente. Em função daquilo que estamos a assistir.