“Agora se até hoje estamos a depender de outros países na vida socioeconómica, a vida cultural, dependemos de fora, porque não se explica nada, Moçambique estar independente há cinquenta anos, mas o orçamento está dependente da ajuda, impressão de livros depende de fora, veja que muitos ministérios dependem de apoio externo, ainda não somos independentes apesar de haver progressos em alguns pontos, na verdade ainda não temos independência total, mas no contexto político se diz sim que estamos independentes”, entende Celestino Carlos, munícipe residente na vila de Chiúre, activista social.
Em face do que acontece em Cabo Delgado, eu sugiro maior atenção neste momento para os episódios de Cabo Delgado, no contexto de por fim a guerra nesta província, porque já devíamos ter vasta experiência tendo em conta a guerra dos dezasseis anos, das hostilidades políticas entre o governo e a RENAMO no centro, e agora temos os insurgentes, então no Dia da Independência custa-nos falar com muita independência, este dia portanto amanhã, porém, as forças vivas devem olhar que está situação pode abalar o país todo, não é apenas ouvirmos debates, discussões na rádio e televisão, mas temos de fazer algo integral para o cessar-fogo na província de Cabo Delgado, é claro estamos a ver os militares, será que é apenas com isso que vamos acabar esta guerra?
O que Moçambique ganhou como algo positivo ao longo da nossa independência é pelo menos a circulação livre das pessoas apesar de não ser em cem por cento, a segunda coisa é a melhoria da liberdade de expressão no país, pese embora haja intimidação, mas as pessoas conseguem dizer alguma coisa. (Mussa Yussuf)