Nesta senda, a área Metropolitana de Maputo deverá registar um aumento na sua população de cerca de 2,5 milhões de residentes em 2023 para cerca de 4,5 milhões em 2035. Esta tendência populacional levará a uma maior procura por serviços públicos mais eficientes, especialmente no sector dos transportes.
A Cidade de Maputo e os municípios adjacentes [da Área Metropolitana], juntamente com o Governo de Moçambique, estão a trabalhar na melhoria dos serviços de transporte para os seus cidadãos. Sistemas de autocarros modernos com linhas dedicadas fazem parte desta visão.
Enquanto o sector público atende a uma parte da crescente procura por transportes eficientes e de qualidade, empresas como a Metrobus demonstram como o sector privado pode complementar estes esforços onde os recursos públicos são limitados.
A Metrobus planeia transitar a sua frota de autocarros movidos a diesel, que são poluentes e dispendiosos, para autocarros mais ecológicos, com propulsão elétrica e emissões de gases com efeito de estufa limitadas a zero.
A Metrobus também planeia expandir as suas operações para atender novas rotas. Para alcançar as suas ambições de crescimento, a Metrobus está a preparar planos de investimento para autocarros elétricos e a infraestrutura de carregamento necessária.
Através do acordo assinado esta quarta-feira, a Internacional Finance Corporation (IFC), vai apoiar a Metrobus na preparação de um plano de negócios viável para expandir os seus serviços de transporte para atender à procura crescente na Área Metropolitana de Maputo e transitar as suas operações de veículos movidos a combustíveis fósseis para e-autocarros.
Metrobus é um sistema integrado e intermodal de transportes para a Área Metropolitana de Maputo, com base no uso das linhas ferroviárias existentes. O sistema inclui também linhas de autocarros que alimentam e complementam a componente ferroviária.
O sistema aquando da sua criação, esperava transportar 3,6 milhões de passageiros em 2018. Este projecto é uma parceria público-privada entre a empresa Sir Motors, que financiou a aquisição dos equipamentos e os custos de operação, a empresa pública CFM-Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, proprietário da infraestrutura ferroviária, e várias unidades administrativas como os municípios de Maputo, Matola, e Boane, e a vila municipal actua de Marracuene. (Nando Mabica)