A informação foi avançada há dias, em Maputo, pelo governador do Banco de Moçambique (BdM), Rogério Zandamela. Na ocasião, explicou que o problema não afecta todos os bancos e classificou-o como de menor dimensão quando comparado com a situação registada em 2018, em que houve um apagão generalizado no sistema.
“Há um trabalho em curso que envolve todos os actores, nomeadamente Sociedade Interbancária de Moçambique (SIMO-Rede), bancos comerciais, BdM e utentes, para entender o que terá causado esses problemas. Uma coisa é certa, foram algumas instituições. Diria até poucas. Mas o tamanho dessas instituições faz com que essa indisponibilidade, que é específica, tenha dado a sensação de que tudo estava paralisado”, explicou.
Disse ser preciso compreender que o sistema de pagamento está, também, conectado às operadoras de telefonia móvel, o que significa que a causa das falhas não pode ser vista como exclusiva dos bancos ou da SIMO-Rede.
“Suponhamos que as POS (ponto de venda ou serviço de pagamento via cartão) de uma instituição esteja ligada à rede telefónica X. Se essa operadora tem problemas gera-se indisponibilidade. Outra questão, o serviço de internet pode impactar o sistema. Se há problemas podem ter a certeza que vamos ter indisponibilidade. Não tem nada que ver com a banca”, explicou.
Entretanto, enfatizou que os bancos têm o dever de comunicar aos clientes em caso de falhas. Acima de tudo, acrescentou, o interesse de todos é de um sistema seguro, eficiente para os clientes, garantindo que as transacções ocorram normalmente. Garantiu que as últimas constatações mostram que as transacções estão a ocorrer sem perturbações. (JN)